quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Feynman e o Psiquiatra

Richard Feynman ganhador do prêmio Nobel de física em 1965 foi obrigado a fazer um exame médico para o exército. Segue parte do diálogo dele com o psiquiatra.

Psiquiatra: Quanto você valoriza a vida?
Feynman: Sessenta e quatro
P: Por que você disse sessenta e quatro?
F: Como você espera que se meça o valor da vida?
P: Não! Eu quero dizer, por que você falou "sessenta e quatro" e não "setenta e três", por exemplo?
F: Se eu tivesse dito "setenta e três", você faria a mesma pergunta!


Fonte: livro Dever ser Brincadeira Sr. Feynman

terça-feira, 27 de setembro de 2011

The Big Bang Theory


Bom, pra não dizer que só falo de coisa séria...indico uma boa diversão e muito clichê na série Big Bang Theory.
Detalhe sórdido: a conta no quadro é encontrada em livros-texto padrão de Teoria Eletrofraca. A fração de ramificação (branching ratio) do quark top em um bóson W massivo e carregado mais um quark bottom (t-->Wb) está escrito en função dos elementos da matriz de Cabibbo-Kobayashi-Maskawa(CKM). Os esquemas em vermelhos são conhecidos como Diagramas de Feynman, mostram interações entre partículas sub-atômicas.

FICHA TÉCNICA  

Exibição no Brasil: 4ª temporada às terças de 20:30h às 21:00h na Warner Channel. Criadores: Chuck Lorre (Two and a Half Man) e Bill Prady (Gilmore Girls).

SINOPSE 

Nem só de médicos, policiais e super-heróis vive o mundo das séries... Os cientistas de The Big Bang Theory exibem um humor de altíssima qualidade, utilizando acurácia científica e muitos clichês, mas quem negará que há fundo de verdade na visão nerd de mundo apresentada?

A série enfoca a dinâmica entre os colegas de apartamento, os físicos Leonard e Sheldon, e a nova vizinha do prédio, a bela Penny, que desperta a atenção de Leonard à primeira vista. Leonard e Sheldon recebem frequentemente a visita de seus dois amigos e também colegas de trabalho na Universidade, Rajesh e Howard, e juntos usam o tempo livre para todo tipo imaginável de divertimento nerd: de palavras cruzadas em idioma Klingon, passando por maratonas de séries de ficção científica às sagradas noites de quarta jogando Halo. Penny aos poucos vai se integrando a esse estranho novo ambiente, onde ouve discussões sobre a física do super-homem e mecânica quântica, enquanto os intelectuais são apresentados a novos conceitos, como o amor.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Pi e Phi

Todos nós já ouvimos falar em número Pi(π). É o irracional mais famoso da história, com o qual se representa a razão constante entre o perímetro de qualquer circunferência e o seu diâmetro Equivale a 3,141592653589793238462643383279502884197169399375... e é conhecido vulgarmente como 3,1416. Não confundir com o número Phi que corresponde a 1,618. O número Phi (letra grega φ que se pronuncia "fi") apesar de não ser tão conhecido, tem um significado muito mais interessantee. Durante anos o homem procurou a beleza perfeita, a proporção ideal. 


Construção de um retângulo de ouro
Os gregos criaram então o retângulo de ouro. Era um retângulo, do qual havia-se proporções: o lado maior dividido pelo lado menor e a partir dessa proporção tudo era construído. Assim eles fizeram o Parthenon. A proporção do retângulo que forma a face central e lateral. A profundidade dividida pelo comprimento ou altura, tudo seguia uma proporção ideal de 1,618.

Os Egípcios fizeram o mesmo com as pirâmides: cada pedra era 1,618 menor do que a pedra de baixo, a de baixo era 1,618 maior que a de cima, que era 1,618 maior que a da 3ª fileira e assim por diante. Durante milênios, a arquitetura clássica grega prevaleceu.
O retângulo de ouro era padrão, mas depois de muito tempo - veio a construção gótica com formas arredondadas, que não utilizavam o retângulo de ouro grego. Na construção moderna o prédio a Organização das Nações Unidas também foi construído usando retângulos de ouro.



Prédio da ONU em Nova Iorque
Mas no ano 1200, Leonardo Fibonacci um matemático que estudava o crescimento das populações de coelhos, criou aquela que é provavelmente a mais famosa seqüência matemática, a Série Fibonacci.
A partir de 2 coelhos, Fibonacci foi contando como eles aumentavam a partir da reprodução de várias gerações e chegou a uma seqüência onde um número é igual a soma dos dois números anteriores: 1 1 2 3 5 8 13 21 34 55 89 ...
1+1=2
2+1=3
3+2=5
5+3=8
8+5=13
13+8=21
21+13...e assim por diante.

No resnacimento, a proporção áurea foi muito usada na arte, em obras como O Nascimento de Vênus, quadro de Botticello, em que Afrodite está na proporção áurea. Essa proporção estaria ali aplicada pelo motivo de o autor representar a perfeição da beleza. Em O Sacramento da Última Ceia, de Salvador Dalí, as dimensões do quadro (aproximadamente 270 cm × 167 cm) estão numa Razão Áurea entre si. A Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, utiliza o número áureo nas relações entre seu tronco e cabeça, e também entre os elementos do rosto, e em sua obra o Homem Vitruviano (que uso como pano do fundo do Blog) mostra as idéias de proporção e simetria aplicadas à concepção da beleza humana.

Aí entra a 1ª "coincidência": a proporção de crescimento média da série é... 1,618. Os números variam, um pouco acima às vezes, em outras um pouco abaixo, mas a média é 1,618 - exatamente a proporção das pirâmides do Egito e do retângulo de ouro dos gregos. Então, essa descoberta de Fibonacci abriu uma nova idéia de tal proporção, a ponto de os cientistas começaram a estudar a natureza em termos matemáticos e começaram a descobrir coisas fantásticas.

Por exemplo:
- A proporção de abelhas fêmeas em comparação com abelhas machos numa colméia é de 1,618;
- A proporção que aumenta o tamanho das espirais de um caracol é de 1,618;
- A proporção em que aumenta o diâmetro das espirais sementes de um girassol é de 1,618;
- A proporção em que se diminuem as folhas de uma árvore a medida que subimos de altura é de 1,618;

E não só na Terra se encontra tal proporção. Nas galáxias, as estrelas se distribuem em torno de um astro principal numa espiral obedecendo à proporção de 1,618.
Por isso, o número Phi ficou conhecido como Proporção Áurea.

Por que os historiadores religiosos descrevem que foi a beleza perfeita que Deus teria escolhido para fazer o mundo?
Por volta de 1500, com o retorno do Renascentismo, a cultura clássica voltou à moda.
Michelangelo e, principalmente Leonardo da Vinci, grandes amantes da cultura pagã, colocaram esta proporção natural em suas obras. Mas Da Vinci foi ainda mais longe: ele, como cientista, usava cadáveres para medir a proporção do seu corpo e descobriu que nenhuma outra coisa obedece tanto a proporção áurea do que o corpo humano... obra prima de Deus.
Por exemplo:
- Meça sua altura e depois divida pela altura do seu umbigo até o chão: o resultado é 1,618.
- Meça seu braço inteiro e depois divida pelo tamanho do seu cotovelo até o dedo: o resultado é 1,618.
- Meça seus dedos, ele inteiro dividido pela dobra central até a ponta ou da dobra central até a ponta dividido pela segunda dobra: o resultado é 1,618;
- Meça sua perna inteira e divida pelo tamanho do seu joelho até o chão. O resultado é 1,618;
- A altura do seu crânio dividido pelo tamanho da sua mandíbula até o alto da cabeça dá 1,618;
- Da sua cintura até a cabeça e depois só o tórax: o resultado é 1,618;


Considere sempre erros de medida da régua ou fita métrica, que não são objetos acurados de medição.
Tudo, cada osso do corpo humano é regido pela Divina Proporção. Coelhos, abelhas, caramujos, constelações, girassóis, árvores, arte e o homem, coisas teoricamente diferentes, são todas ligadas numa proporção em comum.

Até hoje essa é considerada a mais perfeita das proporções. Meça seu cartão de crédito, largura / altura, seu livro, seu jornal, uma foto revelada. L
embre-se de considerar sempre erros de medida da régua ou fita métrica.

O diretor russo Serguei Eisentein se utilizou do número φ no filme O Encouraçado Potemkin para marcar os inícios de cenas importantes da trama, medindo a razão pelo tamanho das fitas de película.

O número de ouro está presente nas famosas sinfonias Sinfonia n.º 5 e a Sinfonia n.º 9, de Ludwig van Beethoven, e em outras diversas obras. Outro fato interessante registrado na Revista Batera, em um artigo sobre o baterista de jazz Max Roach, é que, em seus solos curtos, aparece tal número, se considerarmos as relações que aparecem entre tempos de bumbo e caixa. O compositor húngaro Béla Bartók utiliza esta relação de proporcionalidade constantemente em sua obra. Este fato pode ser visto na análise da música de Bartók feita por Ernö Lendvai (Béla Bartók: And Analysis of his Music).
Então...isso tudo seria uma mera coincidência?

sábado, 24 de setembro de 2011

Livro: Tao da Física, de Fritjof Capra

     Olá doidinhos, hoje escolhi O Tao da Física, de Fritjof Capra para recomendar para vocês. Esse livro é um pouco diferente dos outros que recomendei. Fritjof Capra é um físico austríaco, teórico de sistemas, é diretor-fundador do centro de Eco-Alfabetização de Berkeley. Diferentemente dos físicos tradicionais, ele faz parte de uma linha de "mente mais aberta". O livro foi escrito em 1975, mas se mantém bem atual.
      Neste livro o autor aborda e analisa as semelhança entre os conceitos fundamentais da física moderna e as idéias básicas do misticismo oriental. Usando graficos, fotografias e tabelas, ele consegue explicar de maneira clara e concisa as teorias da física atômica e subatômica, as teoria da relatividade e a astrofísica, de maneira a incluir as recentes pesquisas, mostrando a visão de um mundo que emerge dessas teorias para as tradições m[isticas do Hinduísmo, Budismo, Taoísmo, Zen e do I Ching. De se testo, surge o quadro do mundo material não como uma máquina composta de infinidade de objetos, mas como um todo Hamônioso e Orgânico, cujas partes são determinadas pelas suas correlações. Tal sistema refleta a realidade do mundo da percepção sensorial, que envolve espaços de dimensões mais elevadas e transcende a linguagem corrente e o raciocínio lógico.
     Mesmo quem goste de ciência e não seja tão mente aberta assim, pode ler esse livro, pois Capra consegue explicar da física em linguam simples e acessível aos leigos. O livro já inicia com uma idéia do grande físico Werner Heinsenberg, que resolvi transpor aqui pois exprime bem a idéia do livro: "É bastante provável que na história do pensamento humano os desenvolvimentos mais fecundos ocorram, não raro, naqueles pontos para onde convergem duas linhas diversas de pensamento. Essas linhas talves possuam raízes em segmentos bastante distintos da cultura humana, em tempos diversos, em diferentes ambientes ou em tradições religiosas distintas. Dessa forma, se realmente chegam a um pouco de encontro - into é, se chegam a se relacionar mutuamente de tal forma que se verifique uma interação real -, podemos esperar novos e interessantes desenvolvimento a partir dessa convergência."
     Porque ler este livro????
     Nele aprenda a como ser eterno, como ter insights eróticos, como explicar o inexplicável, oque é um koan, como é que a soma dos ânfulos internos de um quadrado pode ser mais que 360, como ser onda e partícula ao mesmo tempo, como o universo respira, os gênios que nasceram no século VI a.C., como pensar igual a um chinês, qual é o lado sombrio do yin-yang, como ficar curvo e permanecer reto, como espalhar um elétron-fóton, sabia como esvaziar uma Brahman e que o universo é dinâmico.

Bruno Martinez Ribeiro

Trollando a Matemática.... e o professor

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Filme: Contato(1997), de Carl Sagan

     Olá doidos.
     Bom, agora vou falar de um filme que vi um tempo atrás e recomendo a todos: Contato, de Robert Zemeckis. O filme é baseado no livro do grande astrônomo e cientisa Carl Sagan, e conta com as belas atuações de Jodie Foster e Matthew McConaughey. Vi o filme pela primeira vez anos atrás, e resolvi ver novamente para pode postar minha opinião aqui no blog. Mesmo vendo pela segunda vez, me surpreendi novamente com o filme, desta vez olhando sobre um outro aspecto. O filme narra uma história que fala de razão, emoção e fé, elementos que acredito ser a fudação da alma humana. Vou apenas fazer uma pequena sinopse. Também coloquei a introdução do filme, que é bem bacana, mostra o planeta terra do espaço ao som de uma música moderna e a câmera vai se distanciado, e conforme aumenta a distância a música vai alterando, pegando as ondas de rádios mais antigas que estão na imensidão do espaço. 

     Ellie Arroway foi uma jovem que desde cedo foi apaixonada por ciência e astronomia. Orfã de pai e mãe, virou cientista, dedicando sua vida na busca por contatos com vidas inteligentes do universo. Nisso, Ellie vive um romance com Palm Joss, um teólogo que ganha notoriedade ao estudar os males que trazidos pela ciência e tecnologia à sociedade. Os dialogos entre os dois acabam se tornando a parte mais interessante do filme. Como cientista, Ellie sempre busca provas e evidências para explicar o mundo a sua volta e oque não possue prova, como a existência de Deus, não pode ser considerado verdadeiro, e a explicação que define os eventos devem ser as mais fáceis ou simplórias possíveis (ela chama isso de Navalha de Occam). E Joss tenta mostrar para ela que a ciência não pode ser o único parâmetro para explicação da vida, que a fé pode oferecer às pessoas um significado que a ciência não consegue. Depois de anos seu sonho se tornou realidade. Com origem na distante estrela Vega, chega a Terra um sinal, uma informação cifrada e Ellie é primeira pessoa a captá-la e a única disposta a seguir cegamente a mensagem alienígena. Esta é a sua grande chance de fazer contato, mesmo que para isso tenha que correr risco de vida.

Segue abaixo o link da introdução do filme: 
 
Abraços a todos
Bruno Martinez Ribeiro

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Gigantes da Ciência: Arquimedes

Arquimedes (287 a.C.-212 a.C.), aproximadamente
     Por ter vivido no século III a.C. não se tem muitos registros sobre este gênio. Matemático e inventor grego, nasceu em 287 a.C. e viveu em Siracusa, Sicília, na região da Magna Grécia , filho de um astrônomo chamado Fídias. Ao que indicam os poucos registros sobre sua vida, Arquimedes teria estudado na Alexandria quando jovem, onde teria conhecido Euclides e se empenhado em buscar verdades físicas, principalmente no campo da Mecânica, onde desenvolveu grandiosas obras da engenharia bélica da época. Entre algumas das obras bélicas atribuídas a Arquimedes está a idealização dos “espelhos ustórios” (ustório = que queima, que facilita a combustão), que teriam sido usados pelos defensores de Sirucasa para queimar navios romanos através da concentração de raios solares à determinado ponto.
     É narrado o fato de como o sábio teria resolvido o problema do número π, calculando seu valor através da primeira soma infinita de que se tem conhecimento. Também pertence à Arquimedes o primeiro tratado científico de estática. A alavanca, os centros de gravidade de alguns polígonos, entre outros resultados. Demonstrou que um pequeno peso situado a uma certa distância do ponto de apoio da alavanca pode contrabalançar um peso maior situado mais perto, sendo assim peso e distância inversamente proporcionais. O principio da alavanca explica por que um grande bloco de pedra pode ser levantado por um pé de cabra. Também atribuída à ele a famosa frase: “ Dêem-me um ponto de apoio e eu levantarei a Terra”.
     Segundo relato que o arquiteto romano Vitrúvio fez, no século I d.C., o rei Hierão II, ao voltar à sua cidade natal, apresentou a Arquimedes um problema, cuja a solução o tornaria famoso: descobrir se a coroa encomendada pelo soberano a um ourives era de ouro maciço ou se o artesão misturara prata em sua confecção. A intuição de como poderia resolver o problema teria lhe ocorrido durante um banho de imersa nas termas da cidade, ao perceber que o volume da água derramada da banheira cheia era o próprio volume de seu corpo, saindo nú pelas ruas gritando: -Eureka! Eureka! (Encontrei!). Arquimedes mergulhou a coroa num recipiente completamente cheio de água e mediu o volume derramado; a seguir mergulhou blocos de ouro maciço e de prata maciça com pesos iguais ao da coroa, medindo os volumes derramados. O volume derramado pela coroa, ainda segundo o relato de Vitrúvio, ficou entre os volumes derramados pelos blocos de ouro e de prata, evidenciando a fraude do ouvires, que teria sido condenado à morte. Galileu Galilei contesta essa versão. Sugerindo que Arquimedes teria solucionado o problema com uma balança hidrostática. De qualquer modo, a grande contribuição de Arquimedes à Hidrostática foi estabelecer o teorema que levaria seu nome, referente à força que age sobre qualquer corpo mergulhado num líquido, o empuxo. 
     Muito temido e admirado pelos romanos por suas grandiosas armas acabou sendo morto em uma invasão à sua cidade, em 212 a.C, quando, escrevendo sobre a areia, se recusou a obedecer a um soldado que mandara que desse a passagem, dizendo que não iria interromper seu raciocínio. Atendendo a um pedido seu, foi gravado em seu túmulo um cilindro circunscrito a uma esfera, uma das suas deduções matemáticas preferidas, utilizada para se calcular a área de uma superfície esférica.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Desafio por e-mail

Bom doidos,
recebi por e-mail esse desafio e resolvi postar aqui. Provavelmente já conhecem pois eu também já tinha recebido tempos atrás.

DESAFIO:
A situação é essa:
Essa é pra endoidar quem diz que a matemática é lógica…Eu, Tu e Ele…. fomos comer no restaurante e no final a conta deu R$30,00.Fizemos o seguinte: cada um deu dez reais…
Eu: R$ 10,00
Tu: R$ 10,00
Ele: R$ 10,00
O garçom levou o dinheiro até o caixa e o dono do restaurante disse o seguinte:
Esses três são clientes antigos do restaurante, então vou devolver R$5,00 para eles! E entregou ao garçom cinco moedas de R$ 1,00. O garçom, muito esperto, fez o seguinte: pegou R$ 2,00 para ele e deu R$1,00 para cada um de nós. No final ficou assim:
Eu: R$ 10,00 (- R$1,00 que foi devolvido) = Eu gastei R$ 9,00
Tu: R$ 10,00 (- R$1,00 que foi devolvido) = Tu gastaste R$ 9,00
Ele:R$ 10,00 (- R$1,00 que foi devolvido) = Ele gastou R$ 9,00
Logo, se cada um de nós gastou R$ 9,00, o que nós três gastamos juntos, foi R$ 27,00.
E se o garçom pegou R$2,00 para ele, temos:
Nós: R$ 27,00
Garçom: R$ 2,00
TOTAL: R$ 29,00
Pergunta-se:
Onde foi parar a droga do outro R$ 1,00?


Então??? Que diabos aconteceu com esse dinheiro?
Bom, o x questão não é matemática e sim lógica. Conforme aprendemos na escola (4° série se não me falha a memória) sempre que queremos conferir se uma conta está correta utilizamos a Prova Real.
Pra quem matou essa aula segue a definição do Wikipédia:

     "Prova real
        Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
     Prova real é uma operação matemática realizada para provar que outra operação está correta. Para fazer isto, basta utilizar uma operação contrária usando o resultado obtido na primeira operação."
      Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Prova_real


Ou seja, para saber se a conta A+B=C está correta basta fazer a operação contrária, C-A=B, ou C-B=A. Exemplificando, se 7+9=16, então 16-9=7 e 16-7=9. Operações de Adição e Subtração são opostas entre si, assim como Multiplicação e Divisão são opostas entre si.

Então vemos que a conta 27+2=29 não é prova real, só é usada pra dar o nó na cabeça mesmo. Vamos começar pelo início. A conta deu 30 pila, sendo assim 10+10+10=30. Mas o dono resolveu dar 5 piletas de desconto, ou seja a conta ficou 25, então a prova real seria, como cada 1 pagou 9 mangos, dá 27, menos 2 que o garçom roubou (pois deveria devolver como troco) fecha os 25 da conta, ou seja 27-2=25.

Espero ter sido claro.
Abraços
Bruno Martinez Ribeiro

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Livro: Gigantes da Física, de Richard Brennan

      Olá doidos. Resolvi escrever sobre um livro que já faz uns bons anos que li, e é um dos melhores que tem sobre o tema: Gigantes da Física, de Richard Brennen. Uma viagem profundamente instrutiva pela vida e obra de 8 gênios cientistas cujas descobertas revolucionaram a física do século XX e transformaram nosso conhecimento do universo. São eles sir Isaac Newton, que estabeleceu as bases da física moderna, Albert Einstein, que abalou os fundamentos de todas as ciências com sua teoria da relatividade, Max Planck, pai da física quântica, Ernest Rutheford, o homem a desvendar o interior dos átomos, Niels Bohr, criador do primeiro modelo preciso do átomo, Werner Heinsenberg, criador da Teoria da Incerteza, Richard Feymann, que estudou as interações entre átomos e Murray Gell-mann, descobridor dos quarks (menos particula atômica descoberta).
     A Física é a ciência do mundo natural que trata dos componentes fundamentais do universo, as forças que eles exercem, e os resultados destas forças. O termo vem do grego φύσις (physis), que significa natureza. Às vezes, na física moderna, uma aproximação mais sofisticada dos elementos das três áreas supracitadas são considerados: ela relaciona às leis de simetria e conservação, tais como aquelas pertinentes a energia, impulso, carga e paridade. Os físicos estudam uma vasta gama de fenômenos físicos em diversas escalas de comprimento: das partículas subatômicas das quais toda a materia é originada até o comportamento do universo material como um todo (cosmologia).
     Porque ler este livro????
     Nele aprenda como mandar matar seus inimigos, oque é o paradoxo dos gêmeos, como evitar uma catástrofe ultravioleta, a fazer um pudim de átomos, como zombar de colegas elegantemente, que é possível estar morto e vivo ao mesmo tempo, a não se importar com oque os outros pensam e de onde surgiu o nome quark.

Abs
Bruno Martinez Ribeiro

sábado, 17 de setembro de 2011

Cientista Doidão: John Lilly

Ele queria descobrir o que acontece conosco se o cérebro for desconectado de todos os estímulos exteriores. Para fazer isso, o psicanalista e filósofo John Lilly inventou nos anos 50 uma espécie de tanque para isolamento sensorial. Nele, o indivíduo fica flutuando por horas em água morna em completo silêncio e escuridão. Em suas primeiras experiências com o tanque, Lilly relatou que vivenciou fantasias difíceis de serem descritas e as alucinações provocadas não puderam ser classificadas cientificamente.
Participante da geração de cientistas que aderiram aos princípios da contracultura hippie dos anos 60 e 70, Lilly fez suas investigações principalmente nos campos da biofísica e da neuropsicologia. Entre suas maluquices estava tentar estabelecer um sistema de comunicação entre a mente humana e os golfinhos. Suas investigações avançara também pelo campo da inteligência artificial e pela alteração da mente por meio do uso de drogas, como o LSD. Seus principais experimentos nunca conseguiram ser replicados e após desistir das pesquisas científicas criou uma empresa para comercializar seus tanques para isolamento mental. Os pensamentos e as atitudes de John Lilly fundaram o movimento filosófico, comportamental e artísitico conhecido como "Nova Era" ("New Age").

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Miss Atômica 2011

Bom doidões,
     Estava eu pesquisando um pouco sobre física nuclear para postar algo legal aqui e me deparei com esse tema beeeeem interessante, o concurso Miss Atom 2011, que elege as mais belas russas que trabalham em usinas nucleares. Então ao invés de postas fotos de físicos feios, preferi embelezar com formosas mulheres russas. Segue o link do site do concurso Miss Atom 2011, para quem quiser saber mais e ver mais fotos. Quem quiser se mudar para rússia me avisa que vou junto.
Abs

1° Marina Kiriy


































2° Viktoryia Guseva


































3° Yelena Alieva (empatado)
































 

3º Tatyana Ladyka (empatado)


































Anna Trapeznikova
















Maria Nemirosvkaya


































Irina Tzaturian



































Kseniya Greshnyakova















Margarita Khvostova


































Daria Gavrilova

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Cientistas anunciam descoberta de planeta com possibilidade de abrigar vida

     Cientistas do Observatório Europeu do Sul (European Southern Observatory - ESO) anunciaram a descoberta de um novo planeta que poderia abrigar vida. Batizado como HD 85512 b, estaria localizado a 36 milhões de anos-luz da Terra, tendo uma massa 3,6 vezes maior do que o nosso planeta. A publicação do ESO informa que o planeta está situado em uma "zona habitável".  A constatação é baseada no fato de ele estar em torno de uma estrela semelhante ao Sol, da constelação de Vela.
     Segundo os cientistas, se as condições forem adequadas, o HD 85512 b pode ter água sob a forma líquida. Este é o planeta de menor massa descoberto pelo método das velocidades radiais que se encontra potencialmente na zona de habitabilidade da sua estrela — explicou a especialista Lisa Kaltenegger, do Instituto Max Planck e Harvard Smithsonian Center for Astrophysics.
     O novo planeta é um dos 50 recentemente descobertos pelo ESO usando o potente telescópio Harps. Desses, 16 foram classificados como "Super-Terras", que é como se chamam os planetas com massas entre uma e dez vezes a da Terra, mas não tão grandes a ponto de se tornarem inabitáveis.
     Os cientistas acreditam que estão mais perto de encontrar planetas parecidos com a Terra próximos a estrelas do tipo "Sol". Entre 10 e 20 anos deveremos ter uma primeira lista de planetas potencialmente habitáveis — explicou o líder do estudo, Michel Mayor, da Universidade de Genebra.
     As novas descobertas foram anunciadas em um congresso científico internacional sobre Sistemas Solares Extremos, que juntou 350 especialistas no Wyoming, Estados Unidos e serão publicadas na revista científica especializada Astronomy & Astrophysics.

Fonte: Clic RBS

Curiosidades sobre Einstein

          Einstein teve três nacionalidades: alemã, suíça e estadunidense. Ao final de sua vida, um jornalista perguntou-lhe que possíveis repercussões tinham tido sobre sua fama estas mudanças. Einstein respondeu:
- "Se minhas teorias tivessem resultado falsas, os estadunidenses diriam que eu era um físico suíço; os suíços, que era um cientísta alemão; e os alemães que era um astrônomo judeu".

          Durante o nazismo Einstein, por causa de ser judeu, teve que suportar uma guerra pessoal dos alemães que queriam a todocusto desprestigiar suas pesquisas Uma destas tentativas se deu quando compilaram as opiniões de 100 cientistas que contradiziam as de Einstein, editadas num livro chamado "Cem autores na contramão de Einstein". Einstein respondeu:
- "Para que cem? Se eu estivesse errado somente um bastaria."
         
          Conta-se que numa reunião social Einstein encontrou com o ator Charles Chaplin. Em decorrência da conversa, Einstein disse a Chaplin:
- "O que sempre admirei em você é que sua arte é universal; todo mundo lhe compreende e lhe admira".
Chaplin respondeu:
- "O seu é bem mais digno de respeito: todo mundo o admira e praticamente ninguém o compreende".

           Certa vez um jornalista perguntou-lhe:
- "O Senhor poderia pr favor me explicar a Lei da Relatividade?"
- "E o senhor poderia me explicar como se frita um ovo?"
respondeu Einstein ao espantado reporter.
- "Pois, sim, sim que posso", ao qual Einstein replicou:
- "Bom, pois o faça, mas imaginando que eu não sei o que é um ovo, nem uma frigideira, nem o azeite, nem o fogo"

          A famosa foto de Albert Einstein mostrando a língua é sem dúvida um ícone de nossos dias e todos acreditam que seja uma foto "simpática"; uma visão cômica do gênio, brincando com o fotógrafo ao fazer a careta. Mas nada mais distante da realidade, esta foto foi feita em 14 de Março de 1951 pelo fotógrafo Arthur Sasse, que foi o único que captou o momento, apesar de que Einstein estivesse rodeado de vários fotógrafos. E foi exatamente a presença de todos estes jornalistas que causou a careta do físico. Ele acabara de ser homenageado por seu aniversário de 72 anos e já estava chateado com tanta gente em sua volta. Diante da perseguição dos fotógrafos e repórteres que pediam que fizesse uma pose, tomou uma atitude até um pouco infantil; depois de gritar várias vezes: - "Basta já!", irado mostrou a língua com a intenção de estragar as fotos. Como sabemos, o resultado foi justamente o contrário e a foto feita por Sasse se converteu num grande ícone e provavelmente na foto mais famosa de Albert Einstein. Há que se ter cuidado, a gente nunca sabe com que cara vai passar à posteridade.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Trollando a Matemática denovo...

Frases de Cientistas

"A natureza e suas leis  ocultavam-se nas Trevas, Deus disse: 'Que Newton se faça, e fez-se a Luz'."
Alexander Pope

"É como se uma pessoa pudesse tomar ou uma garrafa de cerveja ou cerveja nenhuma, mas fosse impedida por uma lei da natureza de tomar qualquer quantidade de cerveja ente zero e uma garrafa."
George Gamow, sobre física quântica

"Toda ciência é física ou coleção de selos."
Ernest Rutheford

"Esquecendo o uso ocasional de um par de esquis, a bicicleta era o meio de locomoção favorito de Niels Bohr. A marcha relativamente lenta do veículo, baseada num equilíbrio de variáveis dinânmicas que não se consegue explicar adequadamente em poucas palavras é, penso eu, uma boa introdução do caráter de Niels Bohr."
Edward Teller

"Todas as minhas tentativas de adaptar o fundamento teíroco da física a esse conhecimento fracassaram por completo. Era como se tivessem arrancado o chão sob os pés de uma pessoa, sem nenhuma base firme a qual se pudesse ter contruído."
Albert Einstein

"Você tem de estar preparado para a coisa - não porque ela seja difícil de entender, mas porque é absolutamente boba: tudo que fazemos é traçar umas setinhas num pedaço de papel - mais nada."
Richard Feynmann

"Ouçam, ó monges, esta é a verdade nobre que conduz à cessação do sofrimento; este é o Nobre Caminho Óctuplo: a saber, idéias retas, intenções retas, fala reta, ação reta, vida reta, esforço reto, atenção reta, concentração reta."
Aforismo atribuído a Buda, acerca do caminho para o Nirvana

"Uma coisa que aprendi numa longa vida: que toda a nossa ciência, confrontada com a realidade, é primitiva e infantil - e o entando é oque temos de mais precioso."
Albet Einstein

"Minha mensagem é que a ciência é uma atividade humana, e a melhor maneira de compreendêla -e compreender os seres humanos individuais que a praticam."
Freeman Dyson

"É a aventura mais perseverante e grandiosa da história humana - essa busca de compreender o universo, como opera e de onde veio. É dificil imaginar que um punhado de habitantes de um pequeno planeta que gira em torno de uma estrla insignificante numa pequena galáxia possa ter por objetivo uma completa compreensão do universo em sua totalidade, um grãozinho de criação acreditando realmente ser capaz de compreender o todo."
Murray Gell-mann


Fonte: Livro Gigantes de Física

domingo, 11 de setembro de 2011

Matemática na Natureza

     Bom doidos, vi esse vídeo bem bacana e resolvi postar aqui. Mesmo que você não goste de matemática, este vídeo ainda vai deslumbrar você. Para quem não sabe, a natureza carrega a matemática de uma forma inacreditável, e a animação que mostra essa relação vai impressionar animadores, biólogos e matemáticos.
Você pode conferir mais sobre a animação Nature By Numbers, e pode assistir essa beleza de 3 minutos logo abaixo.
É impressionante:


Abs
Bruno Martinez Ribeiro

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Livro: Cinco Equações que Mudaram o Mundo, de Michael Guillen

     Bom doidões, esse livro descobri meio que por acaso, em uma propaganda, e apesar do livro e do autor não serem muito conhecidos por aqui arrisquei a compra-lo. Foi bem difícil a compra, pois não encontrei nenhum site aqui no Brasil, e acabei adquirindo ele de uma distribuidora portuguesa, a Gradiva. Embora a tradução da edição seja para português de portugal, a leitura é bem acessível e bem similar ao nosso português, e encontrei apenas pequenos erros de tradução, não compromentendo a obra.
     O Livro trata de cinco equações escolhidas pelo autor, selecionada dentres dezenas de concorrentes, apenas pelo grau com que acabriam por afetar nossas vidas. O livro é dividido em cinco capítulos, cada uma falando da vida e obra dos gênios que desenvolveram a respectiva equação. As cinco equações refere-se à Lei da Gravitação Universal de Isaac Newtow, à Lei de Pressão Hidrodinâmica de Bernoulli, à Lei de Indução Eletromagnética de Faraday, à Lei da Termodinâmica de Clausius e à Teoria da Relatividade de Einstein.

     O primeiro capítulo narra a histório do filósofo naturalista inglês Isaac Newton e da sua equação da gravidade, que embora não tenha nenhuma invenção atribuída a ela, foi responsável por originar um acontecimento épico: a viagem do homem a lua. Traduzindo a equação diz que a força de atração F, é igual a constante gravitacional G multiplicado pelas massa M e m dividido pelo quadrado da distância entre eles.

     O capítulo dois diz respeito a um físico holandês Daniel Bernoulli e à sua equação hidrodinâmica, que deu origem ao avião moderno. Essa equação diz que a pressão P somada à densidade do fluido multiplicado pela metade da velocidade ao quadrado é constante. Ou seja, ao aumentar a velocidade do fluído a pressão diminui.

      O terceiro capítulo debruça-se sobre o físico inglês Michael Faraday e sua equação do eletromagnetismo, que deu origem a podução de eletricidade. Faraday era semianalfabeto quando adolecente, quando brotou nele a paixão pela ciência. De família humilde, não tinha dinheiro para ter uma educação formal, acabou sendo assistênte de laboratório de um grande cientista da época. Na equação, a quantidade de eletricidade E é igual a taxa de variação do campo magnético B.

      No quarto capítulo, conta a vida do físico matemático alemão Rudolf Clausius e sua equação da termodinâmica (a rigor é uma inequação). Também não foi originadora de nenhum evento e nem eventos históricos, mas deu conta de uma assustadora revelação: contrariamente ao senso comum, estar vivo é antinatural, toda a vida existe em desafio, e não em conformidade, com a lei fundamental do universo. A tradução da equação é que a entropia (grau de desordem de um sistema) total do universo S é maior que zero, ou seja, sempre aumenta.


      O último capítulo fala de uma das mais famosas equações (se não a mais famosa) que é a famosa equação da energia de Albert Einstein, reconhecida por muita gente como parcialmente responsável pela bomba nuclear. No entanto, apesar da notoriedade esta pequena equação não passa de uma misteriosa imagem, tão familiar e inexplicável como o logotipo da rede de supermercado Carrefour. A célebre equação é energia E igual a massa m multiplicada pela constante da velocidade da luz ao quadrado .

     Porque ler este livro??? Para aprender porque a base de lançamentos de espaço-naves da NASA fica localizada na Flórida, como calcular a força centrífuga da lua, oque é Vis Viva, como roubar uma descoberta matemática de um filho, como gerar eletricidade a partir de estrume, oque fazer quando acaba a energia elétrica, oque é um a máquina moto-perpétua, se é possível reverter a entropia total do universo, oque é a luz e que tudo é relativo.

Abs
Bruno Martinez Ribeiro

História da Eletricidade

  Foi descoberta por um filósofo grego chamado Tales de Mileto que, ao esfregar um âmbar a um pedaço de pele de carneiro, observou que pedaços de palhas e fragmentos de madeira começaram a ser atraídas pelo próprio âmbar. Do âmbar (gr. élektron) surgiu o nome eletricidade. No século XVII foram iniciados estudos sistemáticos sobre a eletrificação por atrito, graças a Otto von Guericke. Em 1672, Otto inventa uma maquina geradora de cargas elétricas onde uma esfera de enxofre gira constantemente atritando-se em terra seca. Meio século depois, Stephen Gray faz a primeira distinção entre condutores e isolantes elétricos.
      Durante o século XVIII as maquinas elétricas evoluem até chegar a um disco rotativo de vidro que é atritado a um isolante adequado. Uma descoberta importante foi o condensador, descoberto independentemente por Ewald Georg von Kleist e por Petrus van Musschenbroek. O condensador consistia em uma maquina armazenadora de cargas elétricas. Eram dois corpos condutores separados por um isolante delgado. Mas uma invenção importante, de uso prático foi o pára-raios, feito por Benjamin Franklin. Ele disse que a eletrização de dois corpos atritados era a falta de um dos dois tipos de eletricidade em um dos corpos. esses dois tipos de eletricidade eram chamadas de eletricidade resinosa e vítrea.
      No século XVIII foi feita a famosa experiência de Luigi Aloisio Galvani em que potenciais elétricos produziam contrações na perna de uma rã morta. Essa diferença foi atribuída por Alessandro Volta ao fazer contato entre dois metais a perna de uma outra rã morta. Essa experiência foi atribuída a sua invenção chamada de pilha voltaica. Ela consistia em um serie de discos de cobre e zinco alterados, separados por pedaços de papelão embebidos por água salgada.
      Com essa invenção, obteve-se pela primeira vez uma fonte de corrente elétrica estável. Por isso, as investigações sobre a corrente elétrica aumentaram cada vez mais.
Depois de um tempo, são feitas as experiências de decomposição da água. Em 1802, Humphry Davy separa eletronicamente o sódio e potássio. Mesmo com a fama das pilhas de Volta, foram criadas pilhas mais eficientes. John Frederic Daniell inventou-as em 1836 na mesma época das pilhas de Georges Leclanché e a bateria recarregável de Raymond-Louis-Gaston Planté.
      O físico Hans Christian Örsted observa que um fio de corrente elétrica age sobre a agulha de uma bússola. Com isso, percebe-se que há uma ligação entre magnetismo e eletricidade. Em 1831, Michael Faraday descobre que a variação na intensidade da corrente elétrica que percorre um circuito fechado induz uma corrente em uma bobina próxima. Uma corrente induzida também é observada ao se introduzir um ímã nessa bobina. Essa indução magnética teve uma imediata aplicação na geração de correntes elétricas. Uma bobina próxima a um imã que gira é um exemplo de um gerador de corrente elétrica alternada. Os geradores foram se aperfeiçoando até se tornarem as principais fontes de suprimento de eletricidade empregada principalmente na iluminação.
      Em 1875 é instalado um gerador em Gare du Nord, Paris, para ligar as lâmpadas de arco da estação. Foram feitas maquinas a vapor para movimentar os geradores, e estimulando a invenção de turbinas a vapor e turbinas para utilização de energia hidrelétrica. A primeira hidrelétrica foi instalada em 1886 junto as cataratas do Niágara. Para ocorrer a distribuição de energia, foram criados inicialmente condutores de ferro, depois os de cobre e finalmente, em 1850, já se fabricavam os fios cobertos por uma camada isolante de guta-percha vulcanizada, ou uma camada de pano.
      A Publicação do tratado sobre eletricidade e magnetismo, de James Clerk Maxwell, em 1873, representa um enorme avanço no estudo do eletromagnetismo. A luz passa a ser estendida como onda eletromagnética, uma onde que consiste de campos elétricos e magnéticos perpendiculares à direção de sua propagação.
      Heinrich Hertz, em suas experiências realizadas a partir de 1885, estuda as propriedades das onde eletromagnéticas geradas por uma bobina de indução; nessas experiências observa que se refletidas, refratadas e polarizadas, do mesmo modo que a luz. Com o trabalho de Hertz fica demonstrado que as ondas de radio e as de luz são ambas ondas eletromagnéticas, desse modo confirmando as teorias de Maxwell; as ondas de radio e as ondas luminosas diferem apenas na sua freqüência. Hertz não explorou as possibilidades práticas abertas por suas experiências; mais de dez anos se passam, até Guglielmo Marconi utilizar as ondas de radio no seu telegrafo sem fio. A primeira mensagem de radio é transmitida através do Atlântico em 1901. Todas essas experiências vieram abrir novos caminhos para a progressiva utilização dos fenômenos elétricos sem praticamente todas as atividades do homem.

Fonte: Só Física

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Os pilares da mecânica clássica

     As bases da mecânica clássica foram estabelecidas no século 17 pelo físico inglês Isaac Newton (1642-1727) a partir das três leis do movimento e da lei da gravitação universal.
      A primeira lei de Newton (o princípio da inércia) estabelece que todo corpo se mantém em repouso ou em movimento uniforme se não houver a ação de uma força externa sobre ele. Esse princípio foi proposto primeiramente pelo físico e astrônomo italiano Galileu Galilei (1564-1642) para compreender a natureza dos movimentos, em particular os movimentos da Terra em torno de si e ao redor do Sol.
      A segunda lei de Newton (o princípio fundamental da mecânica) mostra que a variação da quantidade de movimento (produto da massa multiplicada pela velocidade de um corpo) é igual à força aplicada sobre o objeto. Na terceira lei de Newton (o princípio de ação e reação), apresenta-se a ideia de que, ao se aplicar uma força sobre um corpo, este reage com outra força de mesma intensidade, mas em sentido contrário.
      Completando o quadro, Newton propôs que há entre os corpos uma força de atração que é proporcional ao produto de suas massas e ao inverso do quadrado das distâncias que os separam. Essa força ficou conhecida como a força da gravidade.
      Com base nessas leis e nas ferramentas matemáticas também desenvolvidas por Newton (o cálculo diferencial e integral), foi possível construir um modelo completo para descrever o movimento dos corpos, tanto na Terra como no espaço.
      Para a mecânica clássica, não havia um limite para a velocidade dos corpos e o espaço e o tempo eram absolutos, independentemente do observador. Esse paradigma reinou praticamente como o único ponto de vista aceito pela física por quase 250 anos.

Fonte: Por Dentro da Ciência